Agradecimento

Esse Simpósio movimentou a minha vida (e a das pessoas próximas também) durante os últimos dois anos. Na estrada do português como língua de herança (onde a minha já se dirige mais ao plurilinguismo que propriamente para o português), organizar um SEPOLH foi uma honra e um fechamento de ciclo. Ajudar a possibilitar o encontro entre a experiência e a curiosidade, a pesquisa e a prática, entre contextos tão diferentes e ao mesmo tempo com desafios tão semelhantes e vê-lo acontecer, apesar de tantas incertezas e mudanças de última hora, foi uma benção. Quem vive no mundo do POLH sabe o quanto o SEPOLH é fundamental na nossa formação contínua. As trocas são sempre ricas e ver rostos novos chegando entre outros já conhecidos, é um sinal de que a causa continua. Cada vez mais institucionalizada, fundamentada e forte.

O V SEPOLH contou com 88 participantes de mais de 18 países. Em um contexto de pandemia, onde a incerteza acompanhou tanto a organização como as/os participantes, valorizamos o esforço de todas/os que, de alguma maneira, contribuíram com a realização desta edição. Como principal diferencial desta edição se destaca o formato híbrido, que possibilitou a escolha pela participação em formato presencial ou virtual síncrona, além da concessão de acesso a um ambiente virtual de consulta e interação com palestrantes e demais participantes durante e após a finalização do evento.

Agradecemos o apoio financeiro do Ministério das Relações Exteriores; dos patrocinadores, Elefante Letrado, Poikilingo e da instituição apoiadora Oncinhas na Catalunha; que possibilitaram o acesso e intercâmbio de experiências teórico-práticas durante o Simpósio. Destacamos também a importância da crescente visibilidade das iniciativas, associações e educadoras/es de português como língua de herança junto aos órgãos competentes, para que através de ações coordenadas e contínuas, possam seguir fomentando este campo de conhecimento.

Trabalhamos (eu e uma Comissão Nota 1000) muito sim, mas nada aconteceria sem a participação dessas pessoas. Às que puderam investir (tempo, dinheiro e energia) em um momento tão delicado como o que estamos vivendo, ainda. As que puderam vir à Barcelona, as que não puderam, mas estiverem presentes virtualmente, antes e depois do evento. Nós sabíamos que seria difícil e foi. Este movimento existe e cresce pela participação e interesse de todos, em fazer mais e melhor, tanto na teoria, como na prática. Na minha história pessoal, o V SEPOLH fica guardado com muito carinho, pelo esforço dedicado, pelos frutos colhidos, por ter divulgado também o trabalho da APBC, Associação que tem boa parte do meu coração, e por ter contribuído com a história do português como língua de herança. Não somos, estamos. Estive de corpo e alma (minha família que o diga, risos) e sei que essas fotos e momentos ficarão guardados como parte do meu caminho, como educadora, pesquisadora e agora, mãe de falante de herança. Vida longa ao SEPOLH. Nos vemos em Portugal!

Drª. Juliana Azevedo Gomes